Nunca digas nunca

Olá gajada... Este post do Jim, deixou-me a pensar cá numas merdas, vá, melancólica ou o caralho (e eu até nem sou dessas merdas). Vocês sabem que gosto pouco de falar de mim e das minhas coisas (também só faço merda, contar para quê?)... Raramente falo da minha vida e muito poucas pessoas conquistaram a minha confiança ao ponto de terem o previlégio de serem minhas confidentes (tirando a boazona 2 não tou a ver assim mais ninguém, apesar de conviver com bastante gente e ter bués de amigos/as)... Mas pronto... Hoje deu-me pra isto! Como já foi dito aqui pela Gaja Boa 2, falamos aqui no blog como se estivessemos numa amena cavaqueira numa mesa de café, e fossem vocês os nossos interlocutores.

Mas adiante, que atrás vem gente....

Eu sempre fui uma pessoa muito segura de mim e com muitas certezas (nota-se), era muito frequente apanharem-me a dizer algo do género: "Eu nunca admitia isto! Eu??? Nunca! Eu fazia e acontecia..." E por aí adiante... Enfim!! Como costumo dizer, a cuspir pó ar (a cagar umas valentes postas de pescada, a bem dizer)...

E porque estou eu agora a falar disso??? Porque já ganhei juízo e deixei de dizer essas merdas. Porquê, perguntam vocês? Porque sempre que dizia uma merda dessas, caralhos-ma-fodam se não havia logo um filha da puta de um diabrete a tecer uma puta de uma história que me fizesse engolir a arrogância cuspida... Pois é!! Sempre fui uma pessoa que dizia a quem o quissesse ouvir, que jamais trairia e jamais em tempo algum perdoaria uma traição! E quem me conhece bem, sabe disso.

Primeiro, acabei por trair o meu namorado na altura... Não que me orgulhe disso, mas fi-lo!! Eu, uma pessoa que dizia (e acreditava piamente no que dizia) que NUNCA o faria. E porque o fiz? Não sei, não fiquei mais feliz por isso, talvez impulso do momento, a tentação, o fruto proibido, não sei... E como reagi?? Reagi como reagiria 95% das pessoas, ocultando e escondendo. E porque o fiz? Não sei... Por receio, para não magoar a outra pessoa... Não sei!! Mas traí e escondi, isso é que é uma realidade... Já sei que os pseudo-moralistas vão dizer que não gostava dele, mas foda-se! Eu gostava dele... Adiante...

Quanto à segunda parte, sim gajada, eu também perdoei uma traição de um namorado, também não me orgulho disso, mas fi-lo... Não o perdoei assim do pé-pá-mão, mas ele foi amolecendo a minha revolta e eu lá acabei ao fim de algum tempo, por aceitá-lo de volta... E porque o fiz??? Não sei, também não fiquei mais feliz por o fazer... Mas a verdade é que o fiz...

Estou a dizer isto, porque vi por alguns comentários que há muita gente que diz o que eu dizia, eu pela minha experiência posso dizer-vos que não podemos dizer "desta água não beberei"... Podem dizer para vocês mesmo e se calhar com alguma razão que fui fraca, que fraquejei, se calhar é verdade. Só vos posso garantir que fui sempre fiel a mim mesma e fiz na altura o que o meu coração mandou... Ó pá, se calhar também devia ouvir a voz da razão, mas mesmo essa voz nem sempre me orientou para os melhores caminhos...

Pronto gajada, eu sei que estão aí desertinho... Vá força, podem começar a atirar as pedras!!!